domingo, 2 de novembro de 2008

Kurisumasu ~ Christmas - let me take you there

I know a place that we can run to...
They won't know who we are...
Let me take you there


Falta um mês e meio para o Natal e mesmo assim já se vêem os típicos anúncios de brinquedos novos e tudo o mais para as pessoas comprarem para oferecerem aos seus amados.

Esta é a sociedade materialista na qual vivemos.
E ninguém escapa a este raciocínio.

Eu própria quero comprar uma data de coisas para oferecer às pessoas que mais gosto.

Quando eu disse isto ao meu pai, ele disse-me para eu deixar de ser parva e gastar o dinheiro que tenho em mim e não nos outros.

Como é que a raça humana chegou a este ponto de ser tão egoísta e materialista?
Eu não consigo mesmo perceber como chegámos a este ponto.

Faz parte do meu trabalho de Área de Projecto, tentar descobrir a razão pela qual a sociedade se começou a basear no sistema económico e não no de troca directa (por exemplo, trocar cebolas por batatas).

Eu pesquisei bastante. Mas por mais que eu leia não descubro nada sobre o que quero.
Resta-me então especular.

E a minha teoria é que é por nunca estarmos satisfeitos com o que temos: precisamos sempre de mais e melhor.
Porque, se vemos o outro feliz, tentamos destruí-lo.

É isto, não é?

Eu acho que o pensamento da sociedade é qualquer coisa como "Se eu não estou feliz, aquele também não pode estar feliz ou então não pode ser mais feliz do que eu"

E portanto, se eu queria batatas (sendo que estas valem mais que cebolas) e o outro queria cebolas e efectuássemos a troca, eu pensaria que tinha ficado a ganhar com a troca e estaria feliz.
Mas vendo o outro mais feliz que eu, tirar-me-ia do sério porque supostamente ele tinha ficado a perder certo?
Porque as batatas valem mais do que as cebolas....

Errado.

Nós é que temos a mania de atribuir um valor económico aos bens.

Com este exemplo parece um bocado absurdo.

Vou então dar outro exemplo que usei com uma colega minha para lhe explicar (e vejo-a como a sociedade: não entende o meu ponto de vista porque está habituada a dar um valor económico às coisas).

Imaginemos que eu tinha um portátil lindo que a minha amiga adorava. Por sua vez, ela tinha um estojo pelo qual eu era louca.

Propunha então uma troca. E as pessoas devem pensar que eu sou estúpida, certo? Quem no seu perfeito juízo vai trocar uma coisa que vale uns 1000€ por algo que vale uns 10€?

Pensariam então que a minha colega é que foi super inteligente e que eu fiquei a perder com a troca porque fui parva.

No entanto, isso está errado.
Eu também fiquei a ganhar.

Independentemente do valor monetário, eu fiquei a ganhar porque consegui o que queria.

Ela também.

Ambas ganhámos no final.

No entanto parece extremamente difícil à sociedade perceber este conceito simples que é o valor que NÓS atribuimos às coisas.


Portanto, o que é que eu peço este natal?

Felicidade daquela que não se consegue através de bens materiais.

2 comentários:

João Basílio disse...

oh,princesa... bem observado como sempre ^^

eu vou dar-te uma coisa ke nao se pode comprar :)
amor :D
bjx adoro-te

Anónimo disse...

Para isso existe o comunismo (se for bem aplicado), todos têm dinheiro, todos são iguais, felicidade para o maior número de pessoas...