sábado, 18 de outubro de 2008

We'll never die

we'll learn what was right
this chance won't be the last one

Desta vez, esta reflexão não teve origem num anime x)

Comecei a pensar nisto quando fiquei sem computador e me vi sem outra escolha que não ver televisão... Ou seja, foi a ver televisão que comecei a pensar nisto.

Há uma série que a minha mãe gosta muti que se chama 'Judging Amy' que fala sobre a Amy que é uma juíza, e a vida pessoal dela assim como os casos que chegam a tribunal para ela tratar.

O caso que eu vi era sobre um jovem gótico, cuja namorada se suicidou.
Ele era acusado de a ter feito suicidar-se.

Já agora, uma parte engraçada...
Ela chamava-se Julieta, ele era apelidado de Romeu e as famílias deles separaram-nos um do outro. x)

Foi aí que eles fizeram um pacto de suícidio: se não podiam estar juntos em vida, iam estar juntos na morte.

O que se passou foi que ele desistiu a meio, vendo a namorada morrer mas sem ter coragem de se suicidar juntamente com ela.

A juíza perguntou-lhe várias vezes o porquê de ele não se ter suicidado também dado que ele escrevia poemas e músicas e tudo na base da morte ser uma coisa bela e perfeita.

Foi aí que ele começou a chorar dizendo que tinha medo e que, afinal de contas,
também era um hipócrita como toda a gente.

Esta parte ficou-me na cabeça.

Será realmente que pregamos o que não cumprimos?
Somos realmente todos hipócritas?

Pensando bem no assunto, acho que de uma maneira ou de outra, a resposta é:

'Sim, somos.'

Não quero tentar ofender ninguém com isto, mas é apenas o que eu acho.

É próprio da raça humana.



Eu também sou.



No final, somos todos...

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Máscaras

Engraçado como as minhas "reflexões" começam sempre em coisas pequenas ou insignificantes/ estúpidas para as outras pessoas.
A maior parte delas vêm de animes.


Esta é outra dessas x)


Desta vez estava a ver o primeiro episódio de Ef - A Tale of Melodies, quando reparei na enorme colecção de máscaras que o Kuze tinha em casa.
Quem também reparou foi a Mizuki que começou a dizer que as pessoas usavam-nas psicologicamente no dia-a-dia.

E foi aí que comecei a pensar nisso xD

Não entendo a necessidade de se esconder quem se é.
Eu sou sincera: eu gosto de agradar aos outros.
Não aguento o pensamento de alguém que me odeie. Se isso acontecer faço tudo para que a pessoa simpatize comigo.


Para além desse aspecto sobre mim também há outro: sou diferente.
Talvez não devesse dizer diferente. Irritante, digamos assim.
Podem ser 7h da manhã que eu cumprimento as pessoas com o maior sorriso.
E mantenho-o durante o dia inteiro.

Para além disso, gosto de cantar no meio da rua com amigos.
Sinto-me bem por alguma razão.

Ah, e qualquer pessoa que conviva muito comigo está sujeita a passar vergonhas: porque eu tenho manias estranhas.

Gosto de anime e manga, falo muito alto, estou sempre com um sorriso na cara...
Sou praticamente como uma criança se formos ver bem.
Ainda assim, mostro-me como sou.
Arrisco-me (diria que já acontece com alguns mas não me importo muito) a ser olhada de lado pelas outras pessoas mas, mesmo não gostando disso, não escondo quem eu sou.


Seria muito mais infeliz escondendo o meu verdadeiro eu do que sendo olhada de lado por ser como eu sou verdadeiramente.

Sendo este o caso, volto ao meu raciocínio inicial: não compreendo porque as pessoas se escondem por trás de máscaras.

Quer dizer, até compreendo mas ainda assim acho que não deviam.


Afinal, não é muito melhor sermos simplesmente quem somos em vez de nos escondermos atrás de uma máscara?


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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Despedidas


Hoje estive a rever o episódio 141 do Bleach.


Não significa nada para vocês eu dizer isto, mas na verdade para falar do que vou falar tinha que começar aqui pois foi neste episódio que começou a minha reflexão.

Neste episódio a Orihime é chantageada [não interessa quem ela é. eu já chego ao assunto propriamente dito] e o Ulquiorra [também é irrelevante quem ele é], antes de a levar para o Hueco Mundo, dá-lhe a liberdade de se despedir de uma pessoa e apenas de uma.

Ela pensa no seu grupo de amigos. Há tanta gente de quem ela se queria despedir… Acaba por escolher o Ichigo, o rapaz de quem ela gosta.



Passemos a outro anime que tenho andado a ver: Rurouni Kenshin, mais conhecido por Samurai X.


No episódio 31, o Kenshin decide ir para Kyoto de modo a manter a paz.

Para isso, deixa os amigos todos para trás.

Só se despede da Kaoru…


Ao contrário da Orihime no Bleach, foi ele quem fez a escolha de se ir embora e de se despedir de uma só pessoa.

Perguntei-me a mim mesma a razão de ele ter decidido só se despedir da Kaoru mas não encontrei a resposta…

Só no episódio 32, a Megumi explica que o Kenshin decidiu despedir-se da Kaoru porque era a pessoa que custava mais dizer adeus…

Ao inicio, não percebi…

Se os outros custava menos, não seria mais lógico ele despedir-se dos outros?


Até que comecei realmente a pensar no assunto.


O Kenshin fê-lo pela necessidade que tinha de lhe agradecer por tudo o que ela fez por ele… Por lhe esclarecer a sua importância… Enfim, ele fê-lo para se sentir melhor consigo mesmo.

Ele não tinha nada para dizer aos outros.

Mas ele simplesmente tinha de dizer à Kaoru tudo o que devia ter dito antes…

Isto fez-me ver a tendência que as pessoas têm para deixar tudo para último.


Porque é que só nas despedidas dizemos tudo o que temos para dizer em vez de dizer simplesmente todos os dias?


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domingo, 12 de outubro de 2008

Só ou sozinha?


A pior maneira de uma pessoa estar sozinha, é sentir-se assim rodeada de pessoas... embora isso possa ser considerado sentir-se só e não sozinha.
mas qual será realmente a diferença entre uma coisa e outra?


estar só é a pior.

está-se sozinho quando não se se tem pessoas à volta.
está-se só quando nos sentimos invísiveis no meio de toda a gente [e costuma ser realmente muita] que está ao pé de nós.


é a diferença entre a solidão psicológica e física.
a física, como tudo relacionado com esse campo, é superficial. acaba por passar com o tempo.
já a psicológica deixa marcas profundas que não se esquecem facilmente.

se cada uma delas é má à sua maneira, imaginem as duas combinadas.
sim, é possível, mesmo apesar de serem opostos.

a ferida começa sempre a abrir-se na superfície... estamos fisicamente sozinhos mas sabemos que, pelo menos psicologicamente, alguém está connosco.
depois "alguém" passa a estar fisicamente presente, mas ausente psicologicamente o que causa a solidão mais grave.

muitas pessoas não reparam. nunca ninguém repara.

não é que não reparem que a pessoa se encontra ali. apenas, não se apercebem do que se passa.
a pessoa tenta fazer de tudo para chamar a atenção, mas parece não ser real, não existir ali, naquele momento.
ninguém a 'vê' apesar dos esforços. se isso acontecer, há uma grande variedade de opções. depois, tudo depende da força dessa mesma pessoa.

há quem finja que existe apesar de não se sentir lá, talvez porque já percebeu que, mesmo mostrando que está lá, ela não vai ser notada.
finge ser forte, finge não se passar nada mas não é por isso que deixa de gritar. grita silenciosamente, é certo. não se pode ouvir um grito silencioso.

mas pode-se vê-lo.

apesar de não se ouvir, basta tomar um pouco de atenção parar ver que ele está lá e existe. bastava haver alguém paciente e atento a esse ponto. bastava haver alguém que visse, pois parece-me que o mundo é cego: só se vê a si mesmo...

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sábado, 11 de outubro de 2008

Time Waits For No One

Como meu primeiro post decidi explicar a razão do título do blog :)

O meu filme preferido de sempre é um filme de animação chamado 'Toki Wo Kakeru Shoujo' ou 'The Girl Who Leapt Through Time' em inglês.

É um filme simplesmente lindo, ainda hoje não consigo encontrar palavras para o descrever...

Talvez a frase mais dita no filme (e em inglês. Acho que pelo nome do filme se nota que é em japonês, porém esta frase é sempre dita em inglês) é 'time waits for no one'.
Condiz perfeitamente com o espírito do filme e não podia ser mais verdade, mesmo na vida real.

O filme e a prórpia frase fizeram-me reflectir sobre várias coisas. Dado que este blog é um sítio para partilhar as minhas reflexões, pareceu-me apropriado. ;)

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